Um passeio pelas fábricas de Tanabi
Quem com mais de 45 anos não se lembra de ter passado na rodovia Euclides da Cunha e ter visto uma panela com a função de uma caixa d’água sinalizando a f...
Quem com mais de 45 anos não se lembra de ter passado na rodovia Euclides da Cunha e ter visto uma panela com a função de uma caixa d’água sinalizando a fábrica de panelas Erilar? Pois é! Chegamos em Tanabi. A visão durante muitos anos foi: do lado esquerdo a panela como caixa d’água e, do direito, um prédio isolado numa cidade. Hoje, quando saímos de São José do Rio Preto, após ter almoçado, nós fomos a Tanabi pensando em parar na Erilar, fábrica de panelas e alumínios e materiais de cozinha. A programação para a visita a cidade de Tanabi é uma fábrica de sapatos, a fábrica de alumínio e a fábrica de cachaça Arara, conhecida no Brasil todo. Tanabi é uma das cidades exportadoras de sapatos. Paramos na Erilar, fábrica de panelas que só cresce. Uma vez ou duas vezes ao ano, a fábrica se transforma em um local de exposição de carros antigos. O proprietário da fábrica de alumínios e panelas Erilar é também um dos grandes colecionadores de carro antigos do Brasil. Seria muito bom que a exposição fosse permanente. Todos ganhariam com isto, pois o turista que visita a região teria uma atração a mais. Visitamos a loja de panelas aberta ao público que oferece os mais variados produtos e seguimos para a fábrica de sapatos. Passamos pela praça e a surpresa foi incrível, pois a Igreja da Matriz, com sua cobertura toda rosa, é um presépio no meio da cidade e do Estado. Saímos e fomos para a primeira fábrica de sapatos de Tanabi, a Jamal, que completa 45 anos de existência. Tenho em mente que para uma empresa ser considerada tradicional é preciso no mínimo 40 anos de existência saudável. Chegamos na fábrica e fomos recebido por seu proprietário, o senhor José. A apresentação foi simplesmente fantástica e surpreendente. Passamos por cada processo da fabricação do produto que utilizamos dia após dia, noite após noite, em nossos pés e mal sabemos a quantidade de detalhes e profissionalismo que ali estão. A produção se inicia com o design. Hoje esta fábrica conta com 120 mulheres que operam produtos delicados e outros mais brutos como as facas de corte de couro. A faca de corte de couro é um trabalho pesado que poderia ser feito por homens. Hoje são feitos por mulheres, pois são elas que buscam o ofício, mais delicadas, fazem também as costuras, as colagens, os detalhes, as presilhas, os ilhós... Cada qual tem uma fase complexa na empresa. A fábrica familiar é composta por nove filhos, todos sócios da empresa. Para facilitar a vida e manter a união, eles resolveram fazer uma cozinha coletiva, que atende filhos netos, sobrinhos e amigos das 11h às 14h. Nos dias de hoje, isto faz história. Tanabi conta com 7 fábricas que exportaram para todo o mundo. Hoje, com a situação do país, esperam pouco a pouco voltar a exportação. Em todas as fábricas, as peças são comercializadas no varejo, uma ideia para os amantes dos sapatos. Na passagem por Tanabi, também fui ao depósito da Caninha Arara, cachaça encontrada em todo Brasil, é um dos produtos da Arco-Íris, refrigerantes e água, com grande número de funcionários, importante para cidade e região. Foi uma pena não poder visitar. Nossa última parada ao sair de Tanabi rumo ao Hotel Fazenda Foz do Marinheiro, em Cardoso, foi na rodovia Euclides da Cunha no restaurante Flor de Liz, anexo ao posto de gasolina. Quem comanda o menu e administração do restaurante é o chefe Renan que promete apresentar um menu inovador para o próximo mês. Tomamos um capuccino com Nutella que nos deu energia para prosseguir a viagem.